Na ocasião, o governador conheceu a Unidade de Tratamento de Gás (UTG), onde o gás extraído do Campo de Azulão será transformado em GNL. Segundo ele, as obras da planta tiveram um avanço significativo.
“Esse é um empreendimento importante para a economia do estado do Amazonas. Só nesse momento inicial, há um investimento de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, com geração de dois mil empregos. Só aqui são 700 funcionários e a gente vê de forma muito otimista todos os avanços que estão acontecendo desde o início da obra”, afirmou o governador.
Wilson Lima também destacou o potencial mineral do Amazonas, que tem a maior bacia de gás natural em terra do Brasil, e disse que o Governo do Estado tem atuado em diversas frentes para que esses recursos se convertam em benefício para a população.
“Nós temos uma atividade que é explorada pela Cigás já há algum tempo e estamos conversando e tendo um alinhamento com o Governo Federal para que possa haver uma ampliação dessa exploração aqui no estado do Amazonas. A Eneva é um exemplo disso. Tenho conversado também com outras empresas, como a Rosneft, por exemplo, para que a gente possa ter o uso desse gás e que ele possa ser revertido em forma de benefício para o nosso povo”, acrescentou o governador.
Benefícios
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a previsão é que o Campo de Azulão comece a operar a partir de junho de 2021. As obras atingiram o seu pico e os principais equipamentos que comporão a planta já foram recebidos, assim como toda a infraestrutura para o abastecimento dos veículos criogênicos que transportarão o gás natural liquefeito até Boa Vista. Cada carreta terá capacidade para 20 mil metros cúbicos de GNL.
“Hoje nós estamos com, aproximadamente, 75% do cronograma atingido, a gente já terminou a (obra) civil, a parte profunda, já recebemos os principais equipamentos, e agora estamos fazendo o momento de interligação desses equipamentos. Hoje então todas as atividades possíveis do empreendimento estão acontecendo”, explicou o gerente da Eneva responsável pela operação, Rafael Filippelli.
O projeto também tem gerado muitas oportunidades para os trabalhadores de Silves, com aumento de renda e acesso a qualificação. Moradora do município, Beatriz Grana é técnica em Edificações e trabalha há sete meses como auxiliar de planejamento no Campo de Azulão.
“Há quatro anos eu me formei e não tinha essa expectativa de vir uma empresa grande para cá. Muitas pessoas que não tinham expectativa de trabalho, viviam fazendo bico por aí, hoje estão tendo a oportunidade de trabalhar aqui e dar uma condição melhor para as suas famílias”, declarou.
“Eu entrei aqui como ajudante, hoje já tenho a oportunidade de estar sendo contador. Aqui muitos estão tendo a oportunidade de mudar de vida, de mudar de experiência profissional”, acrescentou Francisco Martins, que também vive no município.
Potássio do Brasil
Ainda nesta quarta-feira, o governador Wilson Lima esteve no município de Itapiranga, no escritório da Potássio do Brasil, que pretende atuar na exploração e produção de sais de potássio no Amazonas.
O fertilizante é essencial para o setor agrícola do país, que é o segundo maior consumidor de potássio do mundo, mas importa 95% do que consome. Além de Itapiranga, o Amazonas possui reservas importantes em Autazes e Itacoatiara.
Segundo a Potássio do Brasil, já foram investidos mais de US$ 190 milhões na descoberta e desenvolvimento do projeto e outros US$ 2 bilhões serão investidos até o final da construção, com expectativa de geração de 24 mil empregos diretos e indiretos no estado.
Fotos: Diego Peres/Secom