A demanda alta no atendimento materno-infantil tem deixado sobrecarregado o atendimento no Hospital Padre Colombo, em Parintins. A unidade de saúde tem prestado exclusivamente esse serviço no município, mas as filas para atendimento preocupam as grávidas da cidade.
São as semanas finais da gestação da autônoma Drica Fragata e não tem sido fácil para ela ficar tranquila, seja por conta da ansiedade da hora de dar à luz ou pela preocupação com a situação do município na questão do atendimento às grávidas.
O Hospital Padre Colombo, da diocese de Parintins e que está ligado ao SUS, tem realizado exclusivamente o atendimento materno-infantil no município desde o início da pandemia. Nos últimos meses, a unidade tem registrado a sobrecarga no atendimento às grávidas: faltam leitos e as mulheres estão dando à luz nos corredores da unidade.
O hospital dispõe atualmente de 23 leitos para as mulheres que dão à luz na unidade, um número insuficiente diante da demanda crescente de nascimentos na região de Parintins. Até setembro desse ano, 1.423 partos já foram realizados no hospital, número que já ultrapassou o total registrado em 2018 e 2019, e caminha para superar 2020, quando 1.852 nascimentos foram registrados.
Em meio ao iminente colapso, a Defensoria Pública do estado resolveu intervir: realizou uma inspeção na unidade, que constatou o drama das grávidas. Uma recomendação foi expedida pela Defensoria cobrando providências da prefeitura e do governo do estado para solucionar o problema.
Para quem vive o sonho de ser mãe, o desejo é que a situação do município não transforme esse momento em pesadelo.
Conteúdo G1 Amazonas
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