A forte chuva que vem atingindo Parintins desde o último sábado, 02, expões a ausência dos serviços públicos de infraestrutura e saneamento básico realizados pela Prefeitura ao município. Mais de 1.300 famílias de 15 bairros foram afetadas e cerca de 47 pessoas estão desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil.
Sem planejamento urbano adequado, moradores de Parintins estão sofrendo consequências drásticas pela falta dessa política pública. A forte chuva inundou ruas, alagou casas, causou deslizamento no muro de arrimo, crateras e perda de bens pessoais, afetando diretamente as famílias de baixo poder aquisitivos, que são as mais vulneráveis.
“Perdi muitas coisa, meu sofá e minha cama ficaram completamente debaixo d’água. Quando a chuva aumentava o nível da água ia subindo e entrando na minha casa, tive que suspender as coisas, mas muitas estragaram”, declarou dona Maria, moradora do bairro Itaúna I, área com maior número de residências alagadas.
O município chegou a sofrer por mais de 15 horas ininterruptas de chuva, nesse último final de semana, segundo monitoramento do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Governo do Estado, causando alagamentos em diversos bairros e prejuízos aos comerciantes locais.
Ajuda Estadual
Ainda no final de semana, o governador Wilson Lima (União Brasil), visitou o local e anunciou que o Governo do Amazonas vai destinar R$ 1 milhão para Parintins reparar os danos causados pela chuva, ele encaminhou ainda, de forma emergencial, insumos médico-hospitalares básicos para atender as famílias que possam apresentar complicações de saúde decorrentes das inundações na cidade.

Situação de Emergência
Nesta quarta-feira, 06, Parintins declarou situação de emergência no município, através do Decreto Municipal Nº 035/2022-PGMP publicado no Diário Oficial dos Municípios (DOM), iniciado hoje, com validade de 90 dias, tendo a possibilidade de prorrogação, conforme o cenário meteorológico.
De acordo com a declaração de emergência, fica autorizado as autoridades municipais adentrar às residências para prestar socorro e executar evacuação. Em seu Artigo 4º, o decreto estabelece ainda que, em caso de identificação de propriedades localizadas em áreas com risco iminente, autoriza-se a desapropriação.
Foto: Yuri Pinheiro / Divulgação