O governo do Amazonas, por meio do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), realizou a formatura da primeira turma do curso de Enfermagem Indígena de Manaus. Ao todo, 21 estudantes de 12 etnias concluíram o curso realizado na Escola de Formação Profissional Enfermeira Sanitarista Francisca Saavedra.
A solenidade de formatura aconteceu na quinta-feira, 26, no auditório da unidade educacional do Cetam.
Para o diretor-presidente do Cetam, Prof. Dr. José Augusto de Melo Neto, realizar a formação profissional, respeitando as especificidades étnicas e culturais, faz parte das diretrizes de atendimento do Cetam.
“O Governo do Amazonas demonstra que valoriza os povos indígenas e vem trabalhando para atender as demandas sociais de forma contextualizada, o que inclui o ensino técnico e as demais ações de qualificação profissional”, destacou.
Os alunos, todos residentes em Manaus, realizaram 1.800 horas de aulas teóricas e práticas para garantir o certificado do curso técnico. E dois deles já estão com empregos garantidos. Um irá atuar no município de Lábrea e o outro vai para o estado de Roraima.
O curso Técnico em Enfermagem é um dos mais procurados dentre os ofertados pelo Cetam e o voltado para os indígenas é uma inovação da autarquia por conta das especificidades desse público. A habilitação faz parte do Eixo Tecnológico Ambiente e Saúde.
De acordo com o diretor da escola profissionalizante, professor Salatiel da Rocha Gomes, o curso mostra o compromisso do Cetam com os povos indígenas.
“A conclusão dessa turma de Enfermagem mostra o compromisso do Cetam e do governo do Amazonas com a implementação de ações que atendam a política de atenção à saúde dos Povos Indígenas”, destacou.
O gestor também revela que está sendo realizado um estudo de demandas de cursos para a clientela indígena, inclusive em outras áreas, como Saúde Bucal e Análises Clínicas, no intuito de fortalecer o contexto da saúde indígena.
Preocupação com a cultura indígena
O curso ofertado para os indígenas apresenta componentes curriculares que abordam as dimensões filosóficas, antropológicas e sociológicas na saúde indígena, esse é o principal diferencial em relação ao curso tradicional.
“Além desses aspectos mais gerais, o curso também destaca o processo sociocultural e terapêutico específico da saúde indígena, e tem a interculturalidade como princípio pedagógico central”, explicou o professor.
O profissional sai habilitado a realizar cuidados de enfermagem, tais como: curativos, administração de medicamentos e vacinas, nebulizações, banho de leito, mensuração antropométrica e verificação de sinais vitais, dentre outros. O curso é um dos mais completos e tem a chancela do Ministério da Saúde.
Informação Assessoria
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