Governo “esquerdeita”
“Direita” e “esquerda” são conceitos sem correspondência na realidade. Até existem em definições intelectuais, mas na gestão pública não fazem qualquer sentido. O ex-presidente Jair Bolsonaro tentou fazer um governo de “direita”, mas esbarrou na Constituição liberal, que ele chamava de “quatro linhas”, das quais não poderia sair sob pena de cassação do mandato. Ou de prisão e condenações severas para quem quis sair delas, como se viu no vandalismo de 8 de janeiro de 2023. O presidente Lula da Silva nunca tentou fazer um governo de “esquerda” por saber que discurso dá votos, mas não garante governabilidade.
O que sobra da demolição dos conceitos é um mar de contradições. Gente que se acredita de direita jurando que é contra o “sistema”, ou seja, os ricos do mundo, que sempre foram a direita. Adeptos de esquerda defendendo as políticas negociadas com o Centrão não é só o meio de campo embolado: é uma grande mistura, na qual os conceitos se diluem.
Há pouco, o presidente Lula disse que não vê contradição entre o discurso ambiental e o projeto de explorar petróleo e gás na Margem Equatorial. Isso porque ele mistura tudo: “O Brasil não vai jogar fora a oportunidade de explorar suas riquezas naturais”. Ou seja, vai continuar com o discurso ambiental e ao mesmo tempo explorar o petróleo até onde é arriscado. Faz uma sopa de “direita” e “esquerda” – a “esquerdeita”.
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Grande campeão
O grande campeão de liberação de recursos de emendas parlamentares para Rondônia, na gestão Lula, é o senador Confúcio Moura (MDB), o político rondoniense mais influente na esfera federal. Cabe a ele a recepção de ministros, liberação de recursos junto aos prefeitos e o atendimento das demandas dos municípios. Mas tudo isto ainda não impulsiona o suficiente uma candidatura de Confúcio de volta ao CPA. Está mais perto de garantir mais uma eleição ao Senado do que um terceiro mandato no Palácio Rio Madeira. Macaco velho, Confúcio está atento aos desdobramentos das eleições municipais em outubro.
Apoio decisivo
Um site destacou recentemente a importância do apoio decisivo do ex-senador Expedito Junior na campanha à prefeitura de Porto Velho em favor de Mariana Carvalho. Expedito, realmente tem seus méritos, com uma bela trajetória como deputado federal, secretário de estado e senador, além de ter lançado candidaturas vitoriosas como do governador Ivo Cassol e do prefeito Hildon Chaves. Por isto não se entende, porque a campanha de Mariana esconder o nome de Expedito e seu PSD nesta campanha, já que foi uma pata de coelho da sorte para Ivo e Hildon, aliás, dois ingratos, que depois o renegaram em alianças.
Uma tendência
A tendência neste momento é que se firmem entre seis a sete candidaturas à prefeitura de Porto Velho, um número expressivo, fracionando o eleitorado para provocar eleições em dois turnos. Nos quarteis generais de campanha, temos conclusões diferentes: no forte do clã Carvalho se aposta em vitória em primeiro turno, com as recentes adesões do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (já anunciado) e o apoio de Fernando Máximo, para ser anunciado como “surpresa” mais à frente. Na oposição existe a unanimidade de que quem seguir em frente entre os candidatos oposicionistas para o segundo turno com Mariana, leva a melhor. Por enquanto é Leo Moraes (Podemos) a bola da vez.
Vejam os candidatos
Com as desistências já confirmadas temos ainda oito nomes em campo na disputa dos 330 mil eleitores de Porto Velho nas eleições de outubro. Confiram a lista:1- ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) 2- Ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) 3-Euma Tourinho (MDB) 4-Célio Lopes (PDT e Frente Democrática) 5- Valdir Vargas (PP) 6- Benedito Alves (Solidariedade) 7 –Samuel Costa (Rede) 8-Vinicis Miguel (PSB) São nomes para serem confirmados nas convenções partidárias que já começam no próximo dia 20. Um ou outro candidato pode desistir para aderir algum candidato de ponteira, caso de Vinicius Miguel
Novela de Ariquemes
Se em Porto Velho a empreiteira contratada para construir a nova rodoviária de Porto Velho pediu mais dinheiro e um prazo maior para a entrega do terminal rodoviário (já se fala em inauguração no final de ano), em Ariquemes a coisa foi pior ainda. A construtora contratada pela prefeita Carla Redano, deu cano na municipalidade que foi obrigada a começar tudo de novo, com nova licitação. Resultado é que o Vale do Jamari ainda vê distante um novo terminal rodoviário naquelas bandas em condições de suprir a maior demanda de passageiros no interior do estado.
Via Direta
*** Antes que o cara-pálida internauta encaminhe impropérios para os donos de caçambas que recolhem entulhos, cobrando a razão de R$ 450,00 cada retirada em Porto Velho, lembre-se que a empresa contratada pela prefeitura da capital cobra em torno de R$ 250,00 para receber os entulhos e resíduos sólidos *** Muita gente apelando por jogar entulhos no meio do mato, em calçadas e até nos igarapés com uma tarifa tão escorchante *** Mesmo com muita gente indo embora e centenas de imóveis colocados à venda na capital, a demanda de imóveis para alugar ainda é grande e as imobiliárias lançando novos edifícios, apostando na venda de apartamentos novos na cidade. Pelo menos cinco prédios foram lançados nos últimos meses.