O Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, divulgou nesse último domingo (08/06) um novo boletim com informações atualizadas sobre a cheia que avança em todas as regiões do estado. Até o momento, 92.801 famílias já foram impactadas, o que representa cerca de 371.193 pessoas afetadas diretamente.
As nove calhas de rios do Amazonas seguem em processo de cheia, com picos previstos entre os meses de março e julho. Segundo os decretos municipais, dos 62 municípios amazonenses, 36 estão em Situação de Emergência, 22 em Alerta, um em Atenção e apenas três seguem em situação de normalidade.
Operação Cheia 2025 em ação
A Operação Cheia 2025, iniciada em 16 de abril, intensificou o envio de ajuda humanitária aos municípios mais atingidos. Desde então, já foram entregues 250 toneladas em cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável distribuídos pela Cosama e 10 kits purificadores de água do programa “Água Boa”, beneficiando cidades como Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Saúde reforçada nas áreas afetadas
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) também atua diretamente nas regiões mais vulneráveis. Na última quarta-feira (04/06), foi enviada uma balsa adaptada como hospital flutuante para o município de Anamã, que está em estado de emergência. Além disso, o Barco Hospital São João XXIII partiu de Manaus para prestar atendimento durante uma semana na cidade.
Outros municípios também receberam reforços. Foram enviados 72 kits de medicamentos para cidades como Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, atendendo mais de 35 mil moradores. Em Manicoré, uma nova usina de oxigênio foi instalada, com capacidade para produzir 30 m³/hora – mais que o dobro da antiga. Já Apuí recebeu seis cilindros de oxigênio como reserva, além de insumos e medicamentos para o hospital local.
Monitoramento contínuo
A Defesa Civil do Estado mantém monitoramento constante da situação, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta, responsável por acompanhar os níveis dos rios ao longo de todo o ano. O objetivo é antecipar riscos e orientar ações de resposta em tempo real.
O governo estadual segue mobilizado para minimizar os impactos da cheia, garantir assistência às populações vulneráveis e preservar a saúde pública em meio ao avanço das águas.