O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (2) que o ex-chefe do Executivo enfrenta problemas de saúde e, por isso, não acompanhará presencialmente o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a defesa será “verdadeira, baseada em pontos jurídicos”.
“Ele queria estar aqui, mas não está bem. Tem tido dificuldades de saúde”, afirmou Vilardi, sem entrar em detalhes sobre o quadro clínico de Bolsonaro.
O STF iniciou nesta terça o julgamento de Bolsonaro e mais sete aliados próximos, acusados de tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A sessão começou com a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Réus e acusações
Além de Bolsonaro, são réus no processo:
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Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin e atual deputado federal;
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Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
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Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
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Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
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Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
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Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022;
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Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência.
Eles são acusados dos crimes de:
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Organização criminosa armada;
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Atentado contra o Estado Democrático de Direito;
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Golpe de Estado;
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Dano qualificado por violência ou grave ameaça;
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Deterioração de patrimônio tombado.
As penas somadas podem ultrapassar os 40 anos de prisão.
Caso de Ramagem
Único réu com mandato parlamentar, o deputado Alexandre Ramagem teve parte das acusações suspensas, conforme previsto na Constituição. Ele responde apenas por três dos cinco crimes imputados aos demais.
O julgamento ocorre em um momento crucial para o futuro político e jurídico de Bolsonaro, já declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outro processo. A nova ação pode levá-lo à condenação criminal com penas severas, caso seja considerado culpado.
Com Informação Agência Brasil