O desmatamento na Amazônia Legal apresentou uma redução de 11,08% entre agosto de 2024 e julho de 2025, em comparação com o mesmo período anterior. No Cerrado, a queda foi semelhante, com diminuição de 11,49% nas áreas de corte raso. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e mostram uma tendência positiva na preservação dos dois principais biomas do país.
Na Amazônia, foram desmatados 5.796 quilômetros quadrados no período, o que representa a terceira menor taxa desde o início da série histórica, em 1988. Os estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas concentraram cerca de 80% das áreas desmatadas, mas também apresentaram avanços significativos nas ações de controle e fiscalização.
No Cerrado, o total de área suprimida ficou em 7.235 quilômetros quadrados, consolidando o segundo ano consecutivo de queda após um período de alta contínua. A região conhecida como Matopiba — formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — ainda responde por 78% do desmate registrado no bioma.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que os números reforçam o compromisso do governo com a política de desmatamento zero. Segundo ela, os resultados são fruto da integração entre fiscalização, monitoramento por satélite e incentivo a práticas produtivas sustentáveis.
Apesar do avanço, especialistas alertam que o desmatamento por degradação progressiva, como o corte seletivo de madeira e as queimadas ilegais, ainda representa um desafio importante. A recomendação é manter o monitoramento constante para evitar que os índices voltem a crescer.
A redução nas taxas de desmatamento é vista como um sinal positivo na véspera de eventos internacionais sobre o clima, reafirmando o papel do Brasil como referência global na conservação ambiental e no enfrentamento das mudanças climáticas.
Informação Agência Brasil



 
                                    

