A venda de ingressos para o Festival de Parintins 2026 voltou a ser alvo de questionamentos após o Ministério Público do Amazonas entrar com um novo recurso para suspender novamente a comercialização dos bilhetes. A medida reacende a discussão sobre transparência, critérios de reajuste e acesso do público ao evento.
O Ministério Público afirma que os valores divulgados para a próxima edição sofreram aumentos expressivos em comparação ao ano anterior, chegando a ultrapassar duzentos por cento em algumas categorias. Para o órgão, os novos preços foram definidos sem apresentação de planilhas de custos ou justificativas técnicas que expliquem a elevação, o que pode configurar prática abusiva contra o consumidor.
A Justiça havia determinado anteriormente a suspensão da venda até que a empresa responsável apresentasse todas as informações exigidas. A decisão incluía multa diária para garantir o cumprimento da ordem. No fim de novembro, porém, o Tribunal de Justiça autorizou que as vendas fossem retomadas após análise de um recurso apresentado pela organização do festival.
Com a nova movimentação judicial, o Ministério Público pede que a liberação seja revista e que a venda permaneça suspensa até que a empresa apresente detalhes completos sobre a composição dos preços e todas as medidas de segurança necessárias.
O impasse coloca novamente em debate o equilíbrio entre o valor cultural do festival, o direito do consumidor e a necessidade de garantir que os ingressos sejam comercializados de forma justa e acessível. Enquanto a Justiça reavalia o caso, milhares de pessoas que pretendem participar do evento em 2026 aguardam uma definição para saber quando poderão adquirir seus bilhetes de maneira definitiva.




