O Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025) registrou 42,8% de abstenção, percentual inferior ao de 2024, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O dado é considerado positivo pelo governo, que avaliou o certame como um passo importante na consolidação de uma política pública voltada à democratização do acesso ao funcionalismo e ao fortalecimento do Estado.
Ao todo, 761.545 candidatos se inscreveram no concurso, e mais de 435 mil compareceram às provas objetivas, aplicadas em todo o país. O Amazonas registrou o maior índice de ausência, com 51,2%, enquanto o Distrito Federal teve o menor, com 30,8%. Foram oferecidas 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos federais, sendo 3.144 para cargos de nível superior e 508 para nível intermediário. Desse total, 2.480 são vagas imediatas e 1.172 para formação de cadastro reserva.
A ministra Esther Dweck destacou que o CNU representa mais do que um concurso tradicional, mas uma iniciativa estratégica para modernizar e diversificar o serviço público brasileiro. Segundo ela, o modelo unificado permite que pessoas de diferentes regiões e contextos sociais tenham acesso igualitário às oportunidades no funcionalismo. “O concurso é uma política de Estado que busca moldar o serviço público com a cara do Brasil, valorizando a competência técnica, a diversidade e o compromisso com o interesse público”, afirmou.
O CNU 2025 também reforça a importância dos concursos públicos como instrumento de transparência, estabilidade e inclusão social. Por meio deles, o Estado garante a entrada de profissionais qualificados, com base em critérios técnicos e meritocráticos, fortalecendo a execução de políticas públicas e a eficiência administrativa. Além disso, o processo contribui para a redução das desigualdades regionais, ao ampliar o acesso a candidatos de diferentes estados, e valoriza a preservação institucional por meio da estabilidade e continuidade dos serviços.
Com a presença de cotas raciais e para pessoas com deficiência, o concurso mantém o compromisso com a inclusão e a representatividade social no serviço público. Para o governo federal, o CNU é um instrumento essencial de modernização, que não apenas preenche vagas, mas renova o quadro de servidores com perfis técnicos e comprometidos com a gestão pública.
Os gabaritos preliminares das provas objetivas devem ser divulgados nos próximos dias. A prova discursiva está prevista para o dia 7 de dezembro, e o resultado final das provas objetivas e da convocação para a avaliação de títulos deve sair em 12 de novembro. O cronograma do concurso prevê encerramento em março de 2026, com o início das nomeações dos aprovados.