A cidade de Belém dá início hoje à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reunindo representantes de 194 países em um dos eventos ambientais mais importantes do mundo. Pela primeira vez sediada na Amazônia, a conferência terá como principais temas o financiamento climático, a transição energética justa e a adaptação aos efeitos das mudanças do clima.
O debate sobre o financiamento será um dos pontos centrais das negociações. Países em desenvolvimento cobram o cumprimento das promessas feitas por nações ricas para apoiar projetos de mitigação e adaptação. A expectativa é que seja firmado um plano global de investimentos da ordem de US$ 1,3 trilhão anuais, voltado à sustentabilidade e à redução das emissões de carbono.
Outro eixo prioritário da COP30 será a transição energética, que busca reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e promover fontes limpas e renováveis, garantindo que o processo ocorra de forma justa, sem prejudicar trabalhadores e comunidades que dependem das matrizes tradicionais de energia.
Já no campo da adaptação, os países discutirão estratégias para preparar cidades, ecossistemas e populações para eventos climáticos extremos — como secas, enchentes e queimadas —, além da criação de indicadores que permitam medir o avanço dessas políticas.
Com a conferência acontecendo em solo brasileiro e no coração da Amazônia, a expectativa é que a COP30 represente um marco histórico, com decisões que aliem comprometimento político, recursos financeiros e ação concreta para enfrentar a emergência climática global.




