Um caso que chocou a população nos últimos dias, ganha apoio desta vez dos moradores de Parintins, que organizam manifestação para pedir justiça pela pequena Ana Beatriz, de 05 anos, que foi violentada e morta, na aldeia Nova Vida, área indígena do município de Barreirinha.
O ato denominado “Justiça por Ana Beatriz” tem como tema principal #PorTodasnós e está programado para ocorrer no próximo domingo, 29, às 16h, na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
Uma das organizadoras do movimento, Kassia Farias, afirma que a intenção é fazer um apelo e pedir justiça pelo assassinato de Ana Beatriz, assim como de outras crianças e mulheres que passam por situações parecidas em todo mundo. “Motivado pelo revoltante caso ocorrido em Barreirinha, com a pequena Ana, estamos convidando toda população parintinense para uma mobilização apartidária por um grito de : SOCORRO, JUSTIÇA, PAREM DE NOS MATAR! Quantas mais de nós? Vamos lá #PorTodasNós”, disse Kassia.
No dia 25 de novembro, data do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, barreirinhenses foram as ruas em protesto pela morte da pequena Ana Beatriz.
Sobre o caso
Ana Beatriz foi raptada de sua casa quando dormia e levada para uma região de mata, na comunidade Nova Vida, aldeia indígena, onde foi violentada e morta.
A senhora Taiane Silva Rayol, mãe da criança, contou que se encontrava em casa dormindo com as duas filhas e que, por volta das 2 horas da madrugada, ao olhar para a rede da filha, a mesma estava vazia.
Dona Taiane fez alarme na comunidade e foi então que começou a busca pela pequena Ana Beatriz, vindo a ser encontrada no dia seguinte por volta das 15 horas em um local bem distante de sua casa, já sem vida.
Polícias civis e militar de Barreirinha conseguiram prender um menor das iniciais I. S., 16 anos e Adnilson Lira de Souza ,42 anos (Lôro), Jonilson Pereira Barbosa (Camarão) 30 anos, porém os dois suspeitos foram liberados por falta de provas, segundo o delegado de polícia de Barreirinha, Enéas Gonçalves.
“Até o momento temos só o indício de que somente o menor cometeu o crime, até porque o mesmo deixou pertences seus na casa da vítima e confessou sua participação, mas as investigações ainda não estão fechadas”, esclareceu.
Enéas Gonçalves enfatizou ainda que os dois homens foram citados pelo menor infrator no intuito de o mesmo querer dividir a culpa, temendo um possível linchamento por parte de populares da localidade.
A juíza de direito titular da Vara Única da Comarca de Barreirinha, Larissa Padilha Roriz Penna, determinou na quinta-feira (26) a transferência, para Manaus, do adolescente de 16 anos.
A juíza determinou a transferência atendendo solicitação do delegado de Polícia Civil do município de Barreirinha, e em consonância com o parecer do Ministério Público, em virtude de a cidade não dispor de estrutura ou casa de abrigo para internação de autores de atos infracionais. O adolescente de 16 anos deverá ser internado provisoriamente em um Centro Socioeducativo da capital.
Informação Portal Samaúma
Foto: Jair Carneiro