quarta-feira, julho 16, 2025
InícioBrasilPGR pede condenação de Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe...

PGR pede condenação de Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe de Estado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus acusados de participar da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e marca a fase final do processo antes do julgamento, previsto para setembro deste ano.

Na manifestação de 517 páginas, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que o grupo deve ser responsabilizado por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. A somatória das penas pode ultrapassar 30 anos de prisão.

Réus

Além de Bolsonaro, a PGR pede a condenação de:

  • Walter Braga Netto – general da reserva e ex-ministro da Defesa, também vice na chapa de Bolsonaro em 2022;

  • General Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin;

  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;

  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;

  • Paulo Sérgio Nogueira – general do Exército e ex-ministro da Defesa;

  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo.

De acordo com o pedido da PGR, Mauro Cid, por ter firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal, deverá ter a pena suspensa em caso de condenação.

Bolsonaro como líder da trama

A manifestação aponta que Jair Bolsonaro foi o “líder da organização criminosa” e o “principal articulador e maior beneficiário” do plano para tentar invalidar o resultado das eleições e permanecer no poder.

Segundo Gonet, Bolsonaro instrumentalizou o aparato do Estado, valendo-se do alto escalão do governo e de setores das Forças Armadas para propagar desinformação, estimular a instabilidade social e defender medidas autoritárias.

“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, escreveu o procurador-geral.

Próximos passos

Com o parecer apresentado, abre-se o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid entregue suas alegações finais ao STF. Na sequência, os demais réus também apresentarão suas manifestações, dentro do mesmo prazo.

Concluída essa fase, a Primeira Turma do STF deve marcar a data do julgamento. Nos bastidores da Corte, a expectativa é que o caso seja julgado em setembro de 2025.

Com Informação Agência Brasil 

- Publicidade -spot_img

Siga nossas Redes

Últimas Notícias

- Publicidade -spot_img
spot_img

Notícias Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui