O estado do Amazonas apresentou uma redução significativa nos focos de calor durante o mês de julho de 2025. Foram contabilizados 278 focos em todo o território estadual, uma queda de 93,44% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 4.241 focos.
De acordo com o governador Wilson Lima, os resultados refletem o trabalho antecipado e integrado desenvolvido pelo Comitê Permanente de Enfrentamento aos Eventos Climáticos. “Todo o trabalho que temos feito tem gerado os bons resultados que estamos acompanhando, fruto do nosso comprometimento e da atuação preventiva do comitê”, afirmou.
Os focos de calor são áreas com altas temperaturas detectadas por sensores de satélite, que podem indicar queimadas ou anomalias térmicas na superfície terrestre. As informações são coletadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e monitoradas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Além da expressiva queda em julho, os dados do acumulado do ano — de 1º de janeiro a 31 de julho — também mostram tendência de redução. Nesse período, foram registrados 498 focos de calor no Amazonas, número 89,85% menor do que os 4.907 focos identificados no mesmo intervalo em 2024.
Para o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, esses resultados são fruto de uma estratégia integrada de combate ao desmatamento e às queimadas. “Essa redução é resultado de um esforço contínuo com foco em monitoramento, fiscalização e, principalmente, prevenção. As ações seguirão intensificadas, aliando tecnologia, gestão territorial e parcerias institucionais”, destacou.
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, ressaltou o papel do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), núcleo técnico responsável por identificar focos de calor, mapear áreas de risco e emitir alertas. “Nosso monitoramento é constante e serve de base para orientar as operações de campo e ações de fiscalização em todo o estado”, explicou.
Distribuição dos focos
Em julho, a maior parte dos focos de calor (75,18%) foi registrada em áreas sob jurisdição federal. Foram 209 ocorrências distribuídas entre glebas federais (141), assentamentos (47), Terras Indígenas (16) e Unidades de Conservação federais (5).
Nas áreas sob gestão estadual, foram identificados 32 focos (11,51%), sendo 18 em Unidades de Conservação e 14 em glebas estaduais. Os demais 37 focos (13,31%) ocorreram em regiões sem definição fundiária, os chamados vazios cartográficos.
A distribuição acumulada em 2025 segue o mesmo padrão: 73,09% dos focos ocorreram em áreas federais (364 registros), 13,05% em áreas estaduais (65 registros) e 13,85% (69 focos) em vazios cartográficos.
Todas essas informações, incluindo dados sobre desmatamento, qualidade do ar, cheias e secas nos rios do estado, estão disponíveis no Painel do Clima, plataforma do Governo do Amazonas acessível em: www.paineldoclima.am.gov.br.
Foto: Divulgação/Secom