Durante a 99ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), realizada nesta segunda-feira (10/11), o vereador Eduardo Alfaia (Avante) fez um pronunciamento em defesa do respeito mútuo entre os parlamentares e da responsabilidade no exercício do mandato. O vereador destacou que, apesar das divergências políticas e ideológicas, o diálogo deve prevalecer de forma civilizada e construtiva dentro do plenário.
Alfaia ressaltou que todos os vereadores têm o mesmo valor e legitimidade, independentemente de posicionamentos ou alianças políticas.
“Todo e qualquer colega vereador precisa respeitar o outro. Mesmo que não concorde, é necessário entender e aceitar que cada um tem seu posicionamento nesta Casa”, afirmou.
O líder do prefeito na CMM lamentou episódios recentes de ataques pessoais e ofensas direcionadas a vereadores em razão de seus votos, reforçando que a divergência de ideias é parte do processo democrático, mas não deve ser confundida com hostilidade.
Voto consciente na Reforma da Previdência
Ao justificar seu voto favorável à Reforma da Previdência municipal, Alfaia destacou que sua decisão foi pautada na consciência, responsabilidade pública e compromisso com a cidade de Manaus, e não por pressões políticas ou partidárias.
“Sou refém da minha consciência e tenho um compromisso com Deus, com minha família, com Manaus e com os eleitores que me confiaram este mandato”, declarou.
O parlamentar repudiou acusações de traição e venda de votos, classificando-as como ofensivas e infundadas, e reforçou que cada vereador responde por seus próprios atos perante a população.
Crítica à espetacularização política
Durante o discurso, Alfaia também criticou o que chamou de “teatro político” e “busca por curtidas” nas redes sociais, atitudes que, segundo ele, distorcem o verdadeiro papel do vereador.
“É lamentável ver essa espetacularização em busca de likes. Isso não é trabalho real em prol da população”, afirmou.
O vereador reforçou que sempre manteve uma relação de respeito com a oposição, mas não aceita a tentativa de criminalizar votos de quem apoia projetos considerados essenciais para o município.
“A Reforma da Previdência é necessária e está sendo tratada com responsabilidade. Infelizmente, alguns preferem transformar um debate sério em palco para discursos populistas e incoerentes”, concluiu.
